Pr. Marco Feliciano conseguiu manter a calma e deu
prosseguimento à votação da sessão
A primeira reunião da Comissão de Direitos Humanos e
 Minorias (CDH) da Câmara sob a presidência do
deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), nesta quarta-feria (13),
 foi marcada por protestos por parte de manifestantes dos direitos
 dos homossexuais e negros, apoio de evangélicos ao pastor e por
 bate-boca entre parlamentares (veja fotos abaixo). Em clima tenso
 e de muita gritaria e sem a presença de deputados do PT e PSOL,
 foram aprovados requerimentos de audiências públicas.
Antes mesmo do início da sessão, manifestantes pró e
 contra o pastor Feliciano ocupavam lugares na comissão.
 Na abertura dos trabalhos, deputados do PT tentaram
obstruir a sessão, mas não conseguiram. Com a maioria
do colegiado, os deputados da bancada evangélica deram
 seguimento à reunião.
A todo instante, o deputado Marco Feliciano era
 interrompido por gritos de ordem dos manifestantes
 contrários a sua permanência na presidência da comissão.
 Por diversas vezes, ele ameaçou retirá-los do plenário.
 “Aqui não tem laia. Respeitem para ter respeito”, disse.
Sem direito a palavra, o deputado Nilmário Miranda (PT-MG),
 ex-presidente da comissão, se dirigiu à mesa da presidência
 para protestar. Ele foi acompanhado pelos também petistas
 Érika Kokay (DF) e Domingos Dutra (MA). Nesse momento,
 houve troca de insultos e empurrões entre Dutra
 e o deputado Takaiama (PSC-PR).
“Esta comissão está inviável. Em 18 anos, ela foi presidida
por vários partidos e nunca houve tumulto. Vou me retirar
 em protesto porque não lhe reconheço como presidente e
 o senhor me tolheu a palavra a todo momento”, disse Nilmário Miranda.
 “Ele não está dando a palavra para a gente”, reforçou Érika Kokay.
 A deputada disse que vai apresentar requerimento para cancelar
 a reunião alegando que houve desrespeito ao regimento.
Depois da confusão, alguns deputados da bancada evangélica
 sugeriram a suspensão dos trabalhos, mas o pedido foi negado por Feliciano.
 “Não podemos suspender a votação. Tudo o que eles querem é obstruir”, disse.
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), pediu que
 Feliciano abandonasse a presidência para restaurar a
 normalidade na comissão, mas não foi atendido.
 “Essa comissão tem 18 anos e isso nunca aconteceu.
 O que está acontecendo é a desmoralização da comissão”, criticou.
Apesar dos protesto e do clima tenso, o deputado
 Marco Feliciano permaneceu calmo e deu prosseguimento
 à votação de requerimento. Ao todo, foram aprovados,
 em votação simbólica, sete requerimentos propondo
 diversas audiências públicas. Na terça-feira (12),
 a pauta da comissão previa a votação de requerimentos
 considerados polêmicos, entre eles o plebiscito sobre
 o casamento civil de pessoas do mesmo sexo e a
 aplicação de penas para crimes praticados contra heterossexuais.
No final da reunião e cercado por seguranças da Câmara,
o pastor Feliciano ironizou os protestos contra ele cantando
 o trecho de uma música. “É normal isso (o protesto).
 (A reunião) foi muito melhor do que esperava.
Conseguimos votar todos os requerimentos,
com itens que tratam dos direitos do povo, das crianças”, disse Feliciano.
Perguntado por jornalistas sobre o clima na comissão,
Marco Feliciano se disse otimista para que as animosidade diminuam.
 “Espero que eles se acalmem nos próximos dias.
Vamos conduzir da melhor maneira possível.
Pedi a todos uma chance e estou disposto a fazer
 o melhor na condução dos trabalhos”.
* Com informações da Agência Brasil
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