23.6.16

Estado Islâmico crucifica cristãos todos os dias durante o Ramadã

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos está denunciando prática do assassinado diário, em praça pública, durante o mês sagrado dos muçulmanos











O Observatório Sírio dos Direitos Humanos está denunciando a prática do assassinado diário, em praça pública, durante o mês sagrado dos muçulmanos

Desde que as mídias do mundo inteiro decidiram parar de divulgar as bárbaras execuções do Estado Islâmico, sob o pretexto de não “fazer propaganda” de sua ideologia, criou-se a impressão que as execuções haviam acabado. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (SOHR) os extremistas muçulmanos estão crucificando pessoas “todos os dias” durante o mês sagrado do Ramadã. O motivo seria que elas não respeitam as regras que obriga os fiéis a jejuarem durante o dia todo. As denúncias mais recentes dão conta que as execuções públicas como crucificações voltaram a acontecer para “fortalecer” os princípios do grupo.
Geralmente, isso é reservado aos cristãos, que são chamados de infiéis, por não seguirem as premissas do Alcorão. O presidente do SOHR, Rami Abdulrahman, afirma que é impossível saber a identidade das pessoas executadas, mas algumas fotos trazem o motivo da condenação (descrita em árabe), onde eles muitas vezes são chamados de “espiões” ou “aliados dos cruzados”, termo medieval que se refere aos exércitos cristãos que conduziram as cruzadas para libertar a Terra Santa.
O SOHR explica que um tribunal da Sharia (lei religiosa muçulmana) é instaurado e por vezes são dezenas de vítimas julgadas e condenadas de uma só vez. Isso inclui mulheres e crianças.
O fim está próximo
Perdendo terreno a cada dia para as forças leais ao governo da Síria e para os bombardeios russos, os soldados jihadistas estão debandando. Para alguns analistas, a organização terrorista já perdeu mais de um terço do território original do “califado” que proclamaram em 2014. Crescem os rumores que seu líder foi morto e por isso não é visto publicamente há meses.
Omar Lamrani, que ajudou a preparar o relatório Stratfor, afirma: “Olhando as áreas principais que o grupo ocupa na Síria – no norte da província de Aleppo, Raqqa e Deir ez-Zor – podemos constatar, que [os terroristas] continuam perdendo terreno do seu autoproclamado império”.
Para ele, é preciso levar em conta que a maior parte do território controlado pelos terroristas atualmente é um deserto.
A província de Aleppo na Síria é fundamental para a sobrevivência do EI, pois por ali chegam novos militantes, além de armas e munições que vêm da Turquia. As forças curdas estão avançando sobre a região, que deve ser liberada em pouco tempo.
Perto dali fica Dabiq que, de acordo com as profecias islâmicas, será o local do combate final do apocalipse.
Fontes: Verdade GospelGospel Prime e News Week.

Refugiados afirmam ter visto Jesus em travessia pelo Mar Egeu

Imagem: DivulgaçãoO testemunho de Erick Schenkel diretor-executivo do Projeto Filme Jesus tem surpreendido muitas pessoas na Europa. Ele conta que sua missão está trabalhando no discipulado de um grupo de refugiados que afirma ter visto Jesus no mar Egeu.
Eles estavam em um barco com dezenas de pessoas atravessando do norte da África para a Grécia. O vento forte e as altas ondas ameaçavam virar a embarcação cheia de imigrantes, que fugiam do Oriente Médio.
Os refugiados ficaram com medo e desesperados, pois sabiam que muitos já tinham morrido na tentativa de fazer essa travessia. “As pessoas do barco começaram a clamar a Deus em voz alta. De repente uma ‘figura divina brilhante’ apareceu para eles”, relata Schenkel. “O barco inteiro sabia que era Jesus”, insiste, acrescentando que os refugiados o ouviram dar um comando e as águas se acalmaram imediatamente, salvando suas vidas.
“A partir desse ponto o mar ficou calmo e tranquilo e eles chegaram em segurança em terra”, ressalta Schenkel. Semanas depois, os refugiados foram atendidos por cristãos que, ouvindo o relato, começaram a fazer grupos de discipulado e de estudo bíblico. O responsável pelas aulas é um ex-jihadista, que também teve uma forte experiência de conversão a Cristo.
Para o líder do Projeto Filme Jesus, o fato surpreendente reproduz o que foi registrado nos Evangelhos quando o Messias acalmou uma tempestade no Mar da Galileia (Mateus 8: 25-27). Embora não tenha dado mais detalhes sobre quem eram os refugiados, Schenkel insiste que havia um propósito no ocorrido, pois todos que viveram esta experiência queriam se tornar seguidores de Jesus.
Fontes: Verdade GospelGospel Prime e The Christian Post.

Temer diz que está ‘cortando na carne’ e levará país a superar a crise

Imagem: Antonio Cruz/ABr
Para o presidente interino, o país precisa continuar buscando soluções para os problemas, apesar dos impasses políticos
Ao dar posse nesta quarta-feira (22) ao novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, o presidente interino da República, Michel Temer, disse que sua gestão está “cortando na carne”, conseguindo aprovar matérias importantes e que conseguirá levar o país a superar a crise.
Temer voltou a dizer que a interinidade não tem atrapalhado a governabilidade e que, apesar do pouco tempo de gestão, conseguiu formar uma base sólida no Congresso “irmanada com o governo”, que tem possibilitado a solução de problemas que há muito tempo estavam pendentes.
“Temos trabalhado com muita intensidade e, ao trabalharmos dessa maneira, faço uma homenagem ao Congresso Nacional porque temos uma base parlamentar hoje muito sólida, tanto na Câmara quanto no Senado. Não foi sem razão que nos últimos dias conseguimos aprovar as desvinculações das receitas da União, a chamada DRU. São medidas que revelam essa conjugação de esforços de todo o país na tentativa, ou na convicção, de que vamos sair da crise. Não tenho a menor dúvida disso”, disse Temer.
Para o presidente interino, o país precisa continuar buscando soluções para os problemas, apesar dos impasses políticos. “As pessoas têm a mania de personalizar cargos quando, na verdade, o cargo deve prevalecer sobre a figura da pessoa. E no caso da Presidência da República, o que deve haver para quem exerce, momentaneamente ou definitivamente, é pensar o país.”
Temer lembrou que, logo após assumir interinamente o governo, cortou 4,2 mil cargos de livre nomeação e reduziu 10,2 mil funções gratificadas, além de propor ao Legislativo a fixação de um teto para os gastos públicos. “O fato é que se cobrava muito. Antes de qualquer ônus sobre a população, primeiro corte-se na carne. E estamos fazendo isso quando propusemos a limitação dos gastos públicos, estamos segurando os gastos públicos”.
IBGE
O novo presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, disse que a instituição ajudará o país a cumprir “a inadiável” missão tríplice de resgate da confiança, do crédito público, da federação. “Nessa ponte para o futuro, que devemos construir, se possível, a toque de caixa, é grande e nobre a função do IBGE, de retratar o Brasil, levando a todos o melhor conhecimento da realidade, aprimorando o exercício da cidadania”.
Fontes: Verdade Gospel e EBC.

Vídeo mostra ex-PSDB negociando ajuda para frear CPI da Petrobras

VÍDEO: Sérgio Guerra negocia ajuda para frear CPI da Petrobras de 2009 PGR diz que na reunião tucano pediu R$ 10 milhões para esvaziar apuração. Em nota, PSDB disse apoiar investigações da Lava Jato desde o início.
No vídeo, obtido com exclusividade pela TV globo, Sérgio Guerra negocia ajuda para frear CPI da Petrobras de 2009. PGR diz que na reunião tucano pediu R$ 10 milhões para esvaziar apuração
Uma reunião realizada em 21 de outubro de 2009, no Rio de Janeiro, negociou o apoio do então presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), para esvaziar as investigações da CPI criada naquele ano no Senado para investigar suspeitas de superfaturamento nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. O encontro ocorreu dois meses antes do encerramento dos trabalhos da comissão.
Vídeo que faz parte das investigações da Operação Lava Jato, obtido com exclusividade pela ‘TV Globo’ e pelo ‘G1′, mostra detalhes do encontro do dirigente tucano com o então diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), empreiteiros e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
As imagens mostram que também compareceram ao encontro o então presidente da Queiroz Galvão, Idelfonso Colares Filho, e Erton Medeiros, representante da Galvão Engenharia na negociação. Todos os participantes da reunião, à exceção de Sérgio Guerra, são investigados pela Lava Jato.
Personagem central da reunião, Sérgio Guerra morreu em 2014, aos 66 anos. Ele tinha câncer de pulmão, e uma pneumonia agravou seu estado de saúde. À época em que foi realizada a filmagem, o tucano, além de presidir o PSDB, ocupava uma cadeira no Senado. No ano em que morreu, entretanto, ele era deputado federal.
“Vamos fazer uma discussão genérica, não vamos polarizar as coisas. […] Eu disse ao Aluísio lá, segura. […] Quando essa […] começou, eu disse: ‘não vai ter isso […], não vai. […] Você não segura'”, diz Sérgio Guerra em um dos trechos da reunião, que a Procuradoria Geral da República interpreta como promessa de apoio para evitar o aprofundamento das investigações da CPI (leia aqui a íntegra da conversa).
“Queria fazer o combate sem ir atrás de pessoas”, fala o tucano em outro momento da conversa.
O encontro de 2009 que aponta o suposto envolvimento do ex-dirigente do PSDB com o esquema de corrupção que atuava na Petrobras ocorreu em uma sala comercial localizada no edifício Leblon Empresarial, na zona sul do Rio.
As imagens que mostram detalhes da reunião, gravadas pelo circuito interno de segurança da sala, foram entregues ao Ministério Público pelo empresário Marcos Duarte, proprietário do imóvel onde ocorreu o encontro e amigo de Fernando Baiano.
Segundo a Procuradoria Geral da República, o encontro serviu para acertar o pagamento de R$ 10 milhões em propina ao tucano para que ele freasse as investigações da CPI da Petrobras no Senado.
O Tribunal de Contas da União havia apontado superfaturamento de R$ 58 milhões em um contrato da estatal com o consórcio Refinaria Abreu e Lima, formado pelas construtoras Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, e responsável por parte das obras do complexo petrolífero.
O relatório final da comissão, entretanto, apontou que não havia irregularidades no contrato. A Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia sequer foram citadas no parecer final da CPI, destacou Janot na denúncia, que terminou sem indiciar ninguém.
Delator do esquema de corrupção, Paulo Roberto Costa relatou que o suborno foi pago a Sérgio Guerra pela construtora Queiroz Galvão, que integrava o consórcio investigado pela CPI.
Nesta quarta-feira (22), Eduardo da Fonte, que também é conhecido como Dudu da Fonte, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF).  Segundo a PGR, o parlamentar participou ativamente da negociação da propina e, por isso, deve ser condenado por corrupção passiva, perder o cargo e pagar R$ 10 milhões em danos morais.
Dos seis participantes da reunião, três já sofreram condenações no âmbito da Lava Jato:
– Erton Medeiros (Galvão Engenharia): condenado a 12 anos e 5 meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
– Fernando Soares (lobista): condenado a 16 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
– Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras): condenado em 8 processos por corrupção, lavagem de dinheiro, e pertencimento a organização criminosa.
Veja abaixo trechos do vídeo que mostra a negociação para frear as investigações da CPI da Petrobras de 2009 e leia o que disseram os participantes da reunião:
‘Nós não somos da polícia’
Segundo a PGR, Sérgio Guerra e Eduardo da Fonte pediram propina de R$ 10 milhões a empreiteiros para, em troca, impedir que a CPI da Petrobras aprofundasse as investigações sobre construtoras.
Eduardo da Fonte e o empreiteiro Ildefonso Colares chegaram a negar, em interrogatórios,  os encontros para tratar da propina que, segundo delatores, foi tratada na reunião que a TV Globo e o G1 tiveram acesso.
No trecho acima, o ex-presidente do PSDB diz que queria fazer o combate “sem ir atrás de pessoas”. A frass é dita após Paulo Roberto Costa apontar o “atrito com o TCU”, que havia apontado as irregularidades nas obras da Refinaria Abreu e Lima que embasaram a criação da CPI, como uma questão a ser resolvida.
Paulo Roberto Costano TCU que a confusão da oito […] Isso pode, isso pode ser colocado como uma construção paliativa. Isso pra nós é um dos motivos de maior atrito com o TCU. Então se resolver isso, acho que há um caminho gigantesco que a gente vai ter […] daqui pra frente. E outro assunto também importante que o Valter também […] na realidade a gente tem métodos e critérios diferentes do TCU. Manter os sobrepreços.
Sérgio Guerra: Essa chamada CPI tem origem em vários movimentos, em várias origens, e lá atrás eu conversei com algumas pessoas de vocês, né, e dei um rumo a essa história, né. Pro meu lado, né, como era pra ter todo o combate sem ir atrás das pessoas.
Paulo Roberto Costa:  Isso. isso.
Sérgio Guerra: Primeiro, porque nós não somos da polícia. Segundo, porque eu não gosto disso. Terceiro, porque acho que não construía em nada. Então, a gente ia fazer uma discussão conceitual, objetiva.  Muita gente que estava colaborando com a gente, começou a colaborar e contou várias histórias, eu conversei sobre isso. Várias histórias que, normalmente, ficaram, não sei o quê, daí pra frente. Então, nós estamos num impasse lá. A intenção continua a mesma. Esse negócio de construir uma lei pra presidir essa questão das concorrências […] não pode ficar nesse constrangimento atual. 
Eduardo da Fonte: Nem uma coisa, nem outra.
Sérgio Guerra: Segundo, o Severino sou eu só. Tem também o Álvaro, que por lado da
Triunfo […] não sei o quê.
Paulo Roberto Costa: Ai como o pessoal trabalha lá? Ai vai lá na obra lá, refeitório com ar-condicionado, com nutricionista tal, custa mais caro? Custa. A gente pode abrir mão disso com o país? Eu acho que não, não pode abrir mão. Então, pô. Mas tudo dá…
Sérgio GuerraVamos fazer uma discussão genérica, não vamos polarizar as coisas. […] Eu disse ao Aluísio lá atrás: ‘Segura”. […] Quando essa coisa começou, eu disse: ‘não vai ter isso’, ‘vai, você não segura. ‘Álvaro’
‘Tenho horror a CPI’
Em outro momento da reunião, Sérgio Guerra chega a dizer que ‘tem horror a CPI”, e afirma não ter assinado nem mesmo “a da Dinda”, numa suposta referência às investigações contra o ex-presidente  e hoje senador Fernando Collor (PTC-AL).
Na visão da Procuradoria Geral da República, Guerra buscava passar a impressão de não concordar com as investigações da CPI da Petrobras como uma forma de convencer os outros integrantes da reunião da necessidade de que eles pagassem a propina para esfriar os trabalhos da comissão.
Sérgio Guerra: eu tenho horror a CPI. Nem a da Dinda eu assinei. É uma coisa deplorável. Fazer papel de polícia, parlamentar fazendo papel de polícia.
Fernando Baiano: Se conseguir equacionar essa questão do TCU, é fundamental, porque realmente isso  aí. Essas 8.666 [possível referência à Lei 8.666, de 1993, que rege as contratações entre os entes governamentais e a iniciativa privada] é isso aí.
Suporte ao senador’
A PGR destaca que os integrantes da reunião utilizam “termos obtusos” para se referir à propina durante a reunião. Para identificar o momento exato em que o pagamento da vantagem indevida é tratada no encontro, os investigadores tiveram de recorrer ao lobista Fernando Baiano.
Em um dos depoimentos de sua delação premiada, Baiano afirma que o tema é tratado quando o presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, fala em “suporte” a Sérgio Guerra e o senador responde que o assunto deveria ser tratado “entre vocês”.
Ildefonso Colares Filho: Dando suporte aí ao Senador, tá tranquilo.
Sérgio Guerra: Conversa aí entre vocês.
O que disseram os suspeitos
Em nota enviada ao ‘G1′, Eduardo da Fonte afirmou que a denúncia da PGR “será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal”. Ele ressaltou ainda que a CPI da Petrobras, de 2009, entregou ao Ministério Público 18 representações pedindo a investigação de supostas irregularidades identificadas durante os trabalhos da comissão (leia ao final da reportagem a íntegra da nota de Dudu da Fonte).
A direção nacional do PSDB afirmou, por meio de nota, que apoia as investigações da Operação Lava Jato desde o início e defende que o trabalho das instituições públicas brasileiras avance para os esclarecimentos necessários.
Também por meio de nota, a Queiroz Galvão informou que não comenta investigações em andamento.
A defesa de Paulo Roberto Costa disse que todas as informações foram prestadas ao Ministério Público Federal no acordo de colaboração premiada.
Ao ‘G1′, o advogado José Luis de Oliveira Lima, responsável pela defesa de Erton Medeiros, afirmou que seu cliente já prestou “todos os esclarecimentos devidos” e está à disposição das autoridades competentes.
O defensor de Fernando Baiano explicou que todas as informações quanto a essa reunião já foram prestadas ao Ministério Público Federal por ocasião do seu acordo de delação premiada.
Já o advogado de Ildefonso Colares Filho se limitou a dizer que não poderia comentar o assunto porque não teve acesso ao teor da denúncia apresentada nesta quarta contra Dudu da Fonte, na qual seu cliente é citado
O ‘G1′ não conseguiu contato com a assessoria da Galvão Engenharia.
Leia a íntegra da nota divulgada por Dudu da Fonte:
A denúncia do Ministério Público Federal será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal.
Anota-se, todavia, desde logo, que os membros da CPI, que hipoteticamente, se teria desejado encerrar, ofereceram, no 25/11/2009, com a CPI em andamento, 18 representações a esse mesmo Mistério Público acusador, diretamente ao seu chefe solicitando à adoção das providências necessárias à apuração das notícias de crime identificadas no decorrer dos trabalhos da Comissão, em especial as pertinentes às obras da refinaria Abreu e Lima.
Fontes: Verdade Gospel e G1.

Polícia Federal faz operação de busca na sede do PT em São Paulo

Agentes da PF e da Receita Federal participaram da operação Custo Brasil
Agentes da PF e da Receita Federal participaram da operação Custo Brasil
A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, deflagrou na manhã desta terça-feira (23), a Operação Custo Brasil para apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Os agentes da Receita e da PF foram até a sede nacional do Partido dos Trabalhadores, na rua Silveira Martins, número 132, no bairro da Liberdade, na região central de São Paulo, onde recolheram documentos.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos, a pedido da PF, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.
Fontes: Verdade Gospel e R7.

Lava Jato: PF prende ex-ministro do PT e faz busca na casa de Gleisi Hoffmann

Polícia Federal prende o ex-ministro Paulo Bernardo
Polícia Federal prende o ex-ministro Paulo Bernardo, que é casado com Gleisi Hoffmann, e cumpre mandado de busca e apreensão na casa da referida senadora petista, em Curitiba
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (23), em Brasília, o ex-ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma Paulo Bernardo Silva (PT). Ele é alvo do primeiro desdobramento da Operação Lava Jato em São Paulo e está envolvido em investigações que apontam o pagamento de propina de até 100 milhões de reais em contratos de prestação de serviços de informática no Ministério do Planejamento. Um mandado de busca e apreensão está sendo cumprido na casa da senadora petista e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR), em Curitiba, que é casada com Bernardo. A operação deflagrada nesta quinta-feira foi batizada de Custo Brasil e é um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato.
Ao todo estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Em São Paulo, a sede do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) é alvo de buscas.
Investigadores da força-tarefa que combatem o escândalo do petrolão já haviam encontrado indícios de que o casal Gleisi-Paulo Bernardo foi beneficiário de dinheiro sujo movimentado no escândalo do petrolão pela empresa Consist. As suspeitas ganharam força depois da Polícia Federal e o Ministério Público terem rastreado as movimentações do advogado e ex-vereador Alexandre Romano, conhecido como Chambinho e delator da Lava Jato. Chambinho era um dos responsáveis por operar um esquema de pagamento de propina no Ministério do Planejamento.
Há evidências de que Romano recebeu 37 milhões de reais em propina de empresas do Grupo Consist em um esquema que beneficiava firmas para a prestação de serviços de informática para gestão de empréstimos consignados. Ao rastrear os pagamentos recebidos pelas empresas do Consist, os investigadores descobriram repasses do advogado Guilherme Gonçalves, que atuou em campanhas políticas do PT e da própria Gleisi, diretamente para a senadora petista.
Pelas anotações apreendidas em poder do advogado Guilherme Gonçalves, há indícios de que o dinheiro que irrigava o esquema da Consist no Ministério do Planejamento abastecia a família de Gleisi Hoffmann. Nas anotações, mais suspeitas: “Diversos PT, PB, Gleisi”. Em um dos casos, o dinheiro que os investigadores afirmam ser propina chegou até a quitar os salários do motorista da senadora petista, Hernany Mascarenhas. Em depoimento no inquérito da Lava Jato, Guilherme Gonçalves confirmou que utilizava recursos recebidos a título de honorários advocatícios da Consist para pagar “despesas urgentes”, como as de Gleisi Hoffmann. Nenhum desses débitos “urgentes”, porém, foi ressarcido pelos supostos clientes ou mesmo por cobrado de volta pelo advogado.
Fundo Consist
Em uma planilha apreendida no escritório do advogado Guilherme Gonçalves, os detalhes que devem incriminar Gleisi são mais evidentes: em anotações registradas como “Fundo Consist”, há referência a um crédito de cerca de 50.000 reais com “diversos lançamentos de débitos em favor da senadora e de pessoas a ela ligadas”. Quando o caso ainda estava sob alçada do juiz Sergio Moro, o magistrado concluiu que “parte expressiva da remuneração da Consist, cerca de 9,6% do faturamento líquido, foi repassada, por solicitação de Alexandre Romano, ao advogado Guilherme Gonçalves, em Curitiba, que, por sua vez, utilizou esses mesmos recursos para pagamentos associados à senadora da República Gleisi Hoffmann”.
Conforme revelou ‘Veja’, o ex-vereador petista Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, listou em seus depoimentos de colaboração à Justiça como petistas das mais diversas matizes – de um então ministro de Estado ao atual líder do governo na Câmara dos Deputados – embolsaram dinheiro e receberam benesses a partir de favores políticos e desvio de recursos em estatais. A força-tarefa da Operação Lava Jato escancarou o esquema de corrupção instalado na Petrobras, mas os tentáculos do propinoduto chegaram a outras esferas da administração pública, como estatais do setor elétrico, os Correios, empresa que já tinha sido o estopim do escândalo do mensalão, e instituições financeiras, como o Banco do Nordeste.
Na delação premiada de Alexandre Romano, ele detalha, por exemplo, como dinheiro de origem ilícita irrigou o caixa dois da campanha de Gleisi. Parte do dinheiro, revelou ele, saiu de um contrato milionário firmado nos Correios – estatal vinculada ao Ministério das Comunicações, comandado durante anos por Paulo Bernardo. O próprio Bernardo foi citado como beneficiário de dinheiro sujo repassado pelo advogado Guilherme Gonçalves.
Fontes: Verdade Gospel e Veja.

Supremo mantém processo contra Cláudia Cruz nas mãos de Moro

Cláudia já é ré em Curitiba pelo crime de lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Cláudia já é ré em Curitiba pelo crime de lavagem de dinheiro e evasão de divisas
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, por nove votos a dois, manter nas mãos do juiz Sergio Moro o processo que investiga a jornalista e esposa do deputado Eduardo Cunha, Cláudia Cruz. Cláudia já é ré em Curitiba pelo crime de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ela é suspeita de esconder recursos de propina em uma conta secreta no exterior da qual era beneficiária final e utilizar o dinheiro para pagamentos e gastos de luxo.
No voto em que defendeu que Cláudia seja julgada na primeira instância, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos do petrolão no STF, alertou que manter investigados sem foro no STF poderia, no limite, colocar em risco até o destino da Operação Lava Jato. Isso porque, disse ele, a corte formada por 11 ministros não teria estrutura para julgar todas as centenas de citados no petrolão e ainda dar continuidade aos demais processos que diariamente são protocolados no tribunal. Atualmente, apenas na primeira instância, a Lava Jato já apresentou 42 acusações criminais contra 209 pessoas diferentes. Alguns dos réus, como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o empreiteiro Marcelo Odebrecht, respondem ou já foram condenados em mais de um processo.
O caso
Segundo o Ministério Público, o empresário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira pagou propina ao deputado Eduardo Cunha para ser beneficiado em um contrato de aquisição dos direitos de participação na exploração de um campo de petróleo no Benin. Ao todo, teriam sido pagos a Cunha 1,311 milhão de francos suíços, o equivalente a 1,5 milhão de dólares. Na transação, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada teria atuado como intermediário no acerto dos valores.
Os investigadores apontam que parte da propina acabou remetida a contas no exterior registradas em nome de offshores ou trusts, que alimentavam o cartão de crédito utilizado por Cláudia Cruz em compras de artigos de luxo. Os recursos que aportaram na conta de Cláudia Cruz foram utilizados para a compra de bolsas, sapatos e roupas femininas de grife e para o pagamento de cursos dos filhos de Cunha em instituições como a Malvern College (Inglaterra) e a IMG Academies LLP (Estados Unidos). Para a defesa de Cláudia, as suspeitas que recaem sobre ela e sobre Eduardo Cunha estão imbrincadas e teriam de ser analisadas conjuntamente. Na prática, a estratégia tenta tirar de Sergio Moro, que tem julgado os processos do petrolão com mão de ferro, uma possível – e rápida – condenação da jornalista.
“Cláudia utilizava autonomamente a conta Köpek [usada para pagar compras de luxo]. Ainda que conste dos autos que os valores que abasteciam a conta provinham de Eduardo Cunha, a conduta dos denunciados adquire grau de autonomia”, disse Zavascki. Em seguida, o ministro alertou: “Não vejo por que ver nesse fato específico a indispensabilidade de manter aqui [no STF], com todo esse grande contexto objeto da acusação. Se fossemos adotar essa orientação para esse caso, teríamos desde logo trazer os demais [investigados na Lava Jato]: Henriques, Zelada. Teríamos que – isso me preocupa – rever tudo que temos decidido em relação a todos esses episódios dessa operação chamada Lava Jato. Teríamos centenas e centenas de pessoas envolvidas que teriam de ser investigadas e processadas no supremo e levaríamos à verdadeira falência dessa investigação”, criticou.
Teori Zavascki lembrou que o STF já havia ficado parcialmente paralisado durante o julgamento do escândalo do mensalão, em 2012, e projetou os possíveis efeitos caso investigados da Lava Jato com ligações com parlamentares, que têm foro privilegiado, tivessem de ser julgados no Supremo. “Na ação penal 470 [mensalão] foram 40 [investigados] e o tribunal ficou paralisado 6 meses. Aqui seriam 400 [investigados]. Por isso acho que o tribunal resolveu estabelecer apenas como exceção da exceção [manter pessoas sem foro no STF]”, completou.
O voto de Teori foi acompanhado pelos ministros Marco Aurélio Mello, Roberto Barroso, Rosa Weber, Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Apenas os ministros José Antonio Dias Toffoli e Gilmar Mendes acolheram o argumento da defesa para que o processo contra Cláudia Cruz fosse julgado no Supremo.
Fontes: Verdade Gospel e Veja.

Unânime: STF coloca Eduardo Cunha no banco dos réus, de novo

Imagem: Reprodução
Presidente afastado da Câmara vai responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica em documento eleitoral
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu nesta quarta-feira denúncia do Ministério Público contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com a decisão, o peemedebista passa – de novo – ao banco dos réus pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica em documento eleitoral. Na ação analisada hoje, o relator do caso, ministro Teori Zavascki, considerou haver indícios suficientes de que o político manteve por anos a fio contas secretas na Suíça abastecidas com dinheiro de propina recolhida do esquema de corrupção na Petrobras. Para o ministro Luis Roberto Barroso, as evidências contra o parlamentar são “avassaladoras”.
Na mesma sessão, o Supremo recusou recurso da jornalista Cláudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha e que está sendo processada na primeira instância. Ela tentava evitar que as acusações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas pelas quais já foi denunciada fossem julgadas pelo juiz Sergio Moro.
Eduardo Cunha já é réu por corrupção e lavagem de dinheiro no processo em que é acusado de ter recebido 5 milhões de dólares em propina de contratos de navios-sonda com a Petrobras. Afastado do mandato e longe da presidência da Câmara, ele ainda é investigado em outros inquéritos relativos à Operação Lava Jato e tem contra si um pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
No caso julgado nesta quarta, o MP mostra que que, em 2010 e 2011, Eduardo Cunha recebeu propina de 1,311 milhão de francos suíços na conta da offshore Acona International Investments. Os valores foram recolhidos depois de o parlamentar exigir dinheiro da Compagnie Béninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), empresa do Benin, em uma transação na qual a Petrobras, pelo valor de 34,5 milhões de dólares, exploraria um campo de petróleo no país.
Segundo a denúncia, a propina mantida por Eduardo Cunha em contas secretas na Suíça foi paga pelo empresário português Idalécio de Oliveira, que, em busca do contrato com a Petrobras na exploração de um campo de petróleo no Benin, contratou o lobista João Augusto Henriques para “abrir portas”. Na prática, Henriques servia para entrar em contato com o então diretor da Petrobras Jorge Zelada e negociar quanto o investidor deveria pagar em propina tanto para eles quanto para políticos do PMDB, entre os quais Eduardo Cunha. Ao final, a Petrobras acabou por comprar 50% do bloco no Benin em julho de 2011. Mais tarde, a petroleira descobriu que o primeiro poço que tinha sido explorado estava seco.
De acordo com o Ministério Público, Cunha manteve parte dos recursos ocultos no trust Orion SP. A tese de que a Orion é um trust (estrutura que administra bens de terceiros) havia sido utilizada por Eduardo Cunha para alegar que não mentira à CPI da Petrobras quando afirmou, em março de 2015, que não possuía contas bancárias no exterior. O depoimento do parlamentar à CPI motivou a abertura de um processo de cassação contra ele, aprovado recentemente no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Em abril de 2014, quando a Operação Lava Jato estava em pleno vapor, Cunha repassou outra parcela da propina recolhida da BCH para outra conta, a Netherton Investments, encerrando a Orion na sequência e acumulando 9,04 milhões de reais escondidos em uma conta secreta no Julius Bär, na Suíça. Em junho de 2015, as autoridades suíças bloquearam o dinheiro.
Em outra frente, mais uma fatia de dinheiro sujo foi transferida da Netherton para a conta bancária Köpek, também na Suíça e controlada pela esposa de Cunha, Cláudia Cruz. Os valores armazenados na Köpek também acabaram bloqueados, mas antes foram utilizados para pagar compras de luxo feitas por Cláudia e pela filha de Cunha, Danielle. Os investigadores da Operação Lava Jato conseguiram mapear ainda transferências feitas por Eduardo Cunha do Brasil para as contas Orion e Netherton e repasses também à conta Triumph SP. Em ambos os casos, sem declarar os recursos ao Banco Central.
“A solicitação e a aceitação da promessa de vantagens indevidas, assim como o seu recebimento por Eduardo Cunha foi em razão de sua atuação para garantir a manutenção do esquema ilícito implantado no âmbito da Petrobras, (…) para facilitar e não colocar obstáculos na aquisição do bloco do Benin pela Petrobras”, defendeu o Ministério Público na denúncia. Segundo o procurador-geral, Cunha “recebia um percentual dos negócios realizados no âmbito da Diretoria Internacional da Petrobras como um verdadeiro ‘pedágio’ imposto a qualquer negócio ocorrido”.
“A materialidade e autoria [contra Eduardo Cunha] surgem no substrato trazido no inquérito. Os valores foram transferidos de Henriques para o denunciado Eduardo Cunha por meio de cinco transferências”, disse o ministro-relator Teori Zavascki. “Há indicativos, ao menos para fins de recebimento da denúncia, de que a finalização do processo de compra [do campo de petróleo no Benin] se deu justamente pela atuação insistente de diretores ligados a Jorge Zelada, atos que culminaram em repasses de propina também a Eduardo Cunha”, completou o magistrado.
Influência política – Na peça em que defendia que Eduardo Cunha se tornasse mais uma vez réu na Lava Jato, Janot detalhou o esquema de aparelhamento político na Petrobras e a atuação de dirigentes como o ex-diretor da Área Internacional Jorge Zelada na coleta de propina e de operadores como João Augusto Henriques, que havia indicado Zelada para o cargo na petroleira e atuava na estatal em benefício do PMDB.
“No caso de Benin, João Augusto Rezende Henriques repassou dinheiro para Eduardo Cunha em razão da interferência e anuência no negócio. Além disso, Eduardo Cunha era um dos responsáveis pela manutenção de Jorge Zelada no cargo e o parlamentar deu ‘a palavra final’ na sua indicação para a Diretoria Internacional, razão pela qual Eduardo Cunha deveria receber parcela dos valores dos negócios realizados com a diretoria”, disse o Ministério Público.
Em seu voto, o ministro Luis Roberto Barroso criticou a cultura de apadrinhamento político na administração pública e disse que “não é aceitável” desviar recursos. “Alguém imaginava que os partidos políticos disputavam a indicação de diretores de empresas estatais para fazer coisa boa? Aparentemente a sociedade brasileira se surpreendeu com a circunstância de que esta indicação de diretores de empresas estatais por partidos políticos faz parte de uma rotina brasileira há muito tempo (…) para se desviar recursos. É triste. A denúncia demonstra como isso funcionava de uma maneira muito cabal, venosa e dolorosa”, disse. “Assim como historicamente se tornou inaceitável discriminar negros, assim como historicamente se tornou inaceitável bater em mulher, assim como historicamente se tornou inaceitável dirigir embriagado, assim como historicamente se tornou inaceitável a nomeação de parentes para cargos públicos, acho que está em curso no Brasil hoje uma nova mudança de paradigma. Não é mais aceitável desviar-se dinheiro público”, completou ele.
Fontes: Verdade Gospel e Veja.

MPF pede que o juiz Moro retome ação contra a Odebrecht

A ação penal trata da corrupção e lavagem de dinheiro em oito contratos da Odebrecht com a Petrobras, que teriam resultado em pagamento de propinas entre 2006 e 2014
A ação penal trata da corrupção e lavagem de dinheiro em oito contratos da Odebrecht com a Petrobras, que teriam resultado em pagamento de propinas entre 2006 e 2014
A força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba (PR), encaminhou ofício ao juiz federal Sérgio Moro no qual pede que seja dado prosseguimento a uma das ações penais contra executivos do grupo Odebrecht e contra seu ex-presidente Marcelo Bahia Odebrecht. O argumento dos procuradores é que ainda não há acordo fechado de colaboração premiada com executivos nem de leniência com a empreiteira.
O prosseguimento do processo contra Marcelo Odebrecht serve como pressão contra os executivos do grupo durante as negociações, que foram iniciadas como a Procuradoria Geral da República, com a participação da força-tarefa de Curitiba.
Marcelo Odebrecht e seus executivos iniciaram no começo do mês as negociações formais com a força-tarefa da Lava Jato, via advogados de defesa. “Considerando que não há acordo de colaboração com executivos da Odebrecht, tampouco acordo de leniência firmado com a empresa, considerando, ainda, que inexiste hipótese legal para a suspensão de procedimentos judiciais em curso por tais motivos, o Ministério Público Federal manifesta-se pelo prosseguimento do feito”, afirma a Procuradoria da República em Curitiba no documento encaminhado nesta segunda-feira (20) ao juiz federal.
No dia 1.º de junho, Moro suspendeu a ação penal por 30 dias após vir à tona a notícia de que a empresa estaria negociando uma colaboração “definitiva” com o Ministério Público Federal. “Diante de informações e que estaria em andamento a negociação de alguma espécie de acordo de colaboração entre as partes, suspendo este feito por 30 dias”, afirmou Moro, no despacho.
Obras
A ação penal trata da corrupção e lavagem de dinheiro em oito contratos da Odebrecht com a Petrobras, que teriam resultado em pagamento de propinas entre 2006 e 2014. Os contratos são das obras de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu de Lima, em Pernambuco, no gasoduto e no Terminal de Cabiúnas (Tecab), no Rio, e nas plataformas P-59 e P-60, na Bahia.
Além desse processo, Odebrecht é foco de outros inquéritos na Polícia Federal e pode se tornar réu em outros processos. O empreiteiro e executivos do grupo respondem ainda a uma terceira ação penal, aberta após a descoberta de um “departamento de propinas” dentro da empreiteira – resultado das investigações de pagamentos para o marqueteiro do PT João Santana.
A Lava Jato negocia delações com outros empreiteiros, como o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro. Os procuradores defendem que a possibilidade de acordos não está aberta a todos os alvos. O objetivo é selecionar o melhor deste conjunto de empresas. Tanto Odebrecht como OAS são consideradas líderes do cartel que fatiava obras na Petrobras.
Expandir
O que interessa à força-tarefa é expandir as investigações, para além do que já se conhece em contratos como os da Petrobras e das usinas de Belo Monte e Angra 3, mas também garantir a punição para executivos e empresas.
Além de confessar o pagamento de propinas para políticos e campanhas, em forma de doações legais e de caixa-2, investigadores consideram essencial que os executivos da Odebrecht assumam a amplitude do “departamento de propinas” da empresa, admitam que a empresa patrocinou uma reação contra as apurações, com divulgação de dossiês e determinando apurações paralelas sobre a vida dos delegados, procuradores e do juiz Sérgio Moro.
Marcelo Odebrecht completou no domingo um ano de prisão, em Curitiba. Ele já foi condenado a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Procurada, a defesa do empreiteiro não quis comentar. A Odebrecht também não se pronunciou e afirma que colabora com a Justiça.
Fontes: Verdade Gospel e Correio Braziliense.