6.6.16

Marcelo Odebrecht: propina financiou reeleição de Dilma e muito mais

Marcelo Odebrecht: o homem que desprezava dedo-duro entregou-se à delação. Há um ano preso em Curitiba, dono da maior empreiteira do país decide expor os seus segredos em delação. O alvo principal de suas revelações será a presidente afastada
Marcelo Odebrecht: o homem que desprezava dedo-duro entregou-se à delação. Há um ano preso em Curitiba, dono da maior empreiteira do país decide expor os seus segredos. O alvo principal de suas revelações será a presidente afastada
O ex-presidente José Sarney sabe das coisas. Com a autoridade de seus 60 anos de vida pública e um talento nato para resistir a tormentas, Sarney disse numa conversa gravada que a delação premiada de executivos da Odebrecht provocaria um estrago digno de “uma metralhadora de ponto 100″. Segundo matéria exclusiva da revista ‘Veja’, a velha raposa externava o temor reinante na classe política com a possibilidade da revelação dos detalhes da contabilidade clandestina da maior empreiteira do país. Fazia coro com as autoridades empenhadas em melar a investigação do petrolão. A operação abafa, como se sabe, fracassou. A delação de diretores e funcionários da Odebrecht já está sendo feita. Não só ela como a colaboração do ex-­chefe da OAS, que fez a reforma do sítio que servia de refúgio para o ex-presidente Lula. Em vez de uma, são duas as metralhadoras engatilhadas, ambas com munição de sobra para permitir que a Lava Jato feche a lista de políticos beneficiados com propina e identifique a cadeia de comando do maior esquema de corrupção já investigado no país. O poder de fogo é ainda mais devastador, letal e definitivo do que imaginava o experiente Sarney.
A delação mais aguardada é a de Marcelo Odebrecht, o príncipe das empreiteiras, provedor-mor das campanhas eleitorais, doador universal do sistema político brasileiro. Preso em junho do ano passado, Marcelo, de início, declarou-se inocente e rechaçou a possibilidade de ajudar as autoridades a esquadrinhar as entranhas do petrolão. “Primeiro, para alguém dedurar, precisa ter o que dedurar. Isso eu acho que não ocorre aqui”, disse o empresário, já sob a custódia da Polícia Federal, numa audiência da CPI da Petrobras. Os parlamentares presentes, sabedores de onde o calo aperta, quase pediam desculpas ao fazer perguntas a ele. “Eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que com aquele que fez o fato”, acrescentou Marcelo, criticando os delatores.
Uma sucessão de fatos mudou suas convicções. Fracassaram todos os recursos jurídicos e as armações políticas de bastidores para livrá-lo da prisão. A força-tarefa da Lava Jato descobriu que a Odebrecht tinha um setor específico para pagamento de propina que abastecia os partidos governistas e de oposição. Em março, o juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, condenou Marcelo a dezenove anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Para se livrar da cadeia, o condenado finalmente aceitou exercer o papel de delator que tanto desqualificara.
O alvo principal de suas revelações será a presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo o empresário, a reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior. A Lava Jato já rastreou o repasse de 3 milhões de dólares da empreiteira para uma conta na Suíça do marqueteiro João Santana, mago das últimas três campanhas presidenciais do PT. Além disso, mapeou o pagamento de 22,5 milhões de reais ao marqueteiro, em dinheiro vivo, entre outubro de 2014, quando Dilma conquistou o segundo mandato, e maio de 2015. Marcelo confirmará aos investigadores que, ao remunerar Santana, bancou despesas não declaradas da campanha da petista.
Fontes: Verdade Gospel e Veja.

Genocídio: EI queima 19 meninas yazidi até a morte em praça pública

Minoria religiosa é tratada como infiel, e por isso, devem morrer, segundo as "leis" dos terroristas
Minoria religiosa é tratada como infiel e, por isso, devem morrer, segundo as “leis” dos terroristas
O Estado Islâmico (EI) realizou mais uma de suas ações bárbaras em frente a centenas de pessoas no Iraque, o que já é considerado genocídio pela ONG Human Rights Watch. Desta vez, o alvo foram 19 meninas da minoria yazidi que se recusaram a ter relações sexuais com os militantes do grupo enquanto eram escravas sexuais. Elas foram presas em gaiolas de ferro e queimadas até a morte em praça pública na cidade de Mossul.
Segundo matéria do ‘O Globo’, a história foi confirmada pela imprensa local, testemunhas e ativistas. Esta é mais uma ação de violência contra as meninas da etnia yazidi, cuja região foi tomada pelos jihadistas. Estima-se que 3 mil meninas tenham se tornado escravas sexuais e 40 mil pessoas tenham fugido desde então.
“Ninguém podia fazer nada para salvá-las da punição brutal”, disse uma testemunha.
A ONG Human Rights Watch classifica os assassinatos em massa dos yazidis que permaneceram presos no Monte Sinjar como um genocídio.
“Os abusos contra as mulheres e meninas yazidi documentadas pela Human Rights Watch, incluindo a prática de sequestrar mulheres e crianças e convertê-las forçadamente ao Islã ou obrigá-las a se casar com membros do EI, podem ser parte do genocídio contra os yazidis”, afirmou a organização em um relatório.
A maioria da população yazidi, etnia secular que tem cerca de um milhão de pessoas, permanece deslocada em campos no Curdistão.
Fontes: Verdade Gospel e O Globo.

Moro autoriza quebra do sigilo telefônico de ex-ministro

Imagem: Reprodução/ABrO Ministério Público Federal pediu a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli nas investigações da Lava Jato sobre contratos com a construtora Schahin. O juiz Sergio Moro entendeu que o pedido devia ser feito em separado e “melhor estruturado”. No entanto, Moro atendeu aos pedidos dos procuradores para quebrar os sigilos telefônicos do ex-ministro da Casa Civil Gilberto Carvalho e do operador Marcos Valério.

Fonte: Verdade Gospel.

Janot pede ao STF para aprofundar apuração sobre Renan, Jucá e Sarney

PGR também quer investigar os senadores Jader Barbalho e Edison Lobão. Integrantes da cúpula do PMDB foram citados na delação de Sérgio Machado
PGR também quer investigar os senadores Jader Barbalho e Edison Lobão. Integrantes da cúpula do PMDB foram citados na delação de Sérgio Machado
A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para aprofundar as investigações na Lava Jato envolvendo os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Edison Lobão (PMDB-MA) e o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP). Os cinco integrantes da cúpula do PMDB foram citados na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Os pedidos de Janot já está sobre a mesa do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF.
O objetivo do chefe do Ministério Público é rastrear o caminho do dinheiro desviado de contratos da Transpetro, que foi comandada por Sérgio Machado durante doze anos, entre 2003 a 2014. Janot também pretende descobrir se a propina movimentada pelo esquema de corrupção que atuava na subsidiária da Petrobras está no Brasil ou no exterior.
Machado fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Nas negociações com o Ministério Público, ele entregou gravações que fez, em várias ocasiões, com Renan, Jucá e Sarney. Nas gravações, eles discutem formas de barrar o avanço da Operação Lava Jato./
Três filhos do ex-presidente da Transpetro também assinaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e estão colaborando com as investigações.
Machado contou aos procuradores da República que, para permanecer no comando da subsidiária da Petrobras, negociava contribuições de campanha oficiais e não oficiais para o PMDB com grandes empresas que tinham contratos com a Transpetro.
De acordo com o jornal ‘O Globo’, Sérgio Machado disse que o dinheiro repassado à cúpula do PMDB também servia para pagar despesas pessoais dos caciques peemedebistas. Ainda segundo a publicação, o delator disse que repassou R$ 70 milhões para Renan, Jucá e Sarney.
Deste valor, informou o jornal, Renan teria ficado com R$ 30 milhões, Juca com aproximadamente R$ 20 milhões e Sarney com outros R$ 20 milhões. A TV Globo também confirmou as informações.
O que disseram os envolvidos
Em nota, Sarney afirmou que protesta, desmente e repudia a afirmação de Sérgio Machado de que ele recebeu R$ 20 milhões. E ressalta a total falta de caráter de quem foi amigo por mais de 20 anos, frequentando com assiduidade a casa dele, almoçando e jantando com ele, e fazendo visitas frequentes.
No comunicado, o ex-presidente da República ressalta que Machado teve a “vilania” de gravar as conversas, até mesmo em hospital, o que revela “o monstro moral que Sérgio Machado é”. Sarney disse ainda que vai processar o ex-presidente da Transpetro por “denunciação caluniosa”, pois, segundo ele, não existe qualquer envolvimento dele nos fatos investigados pela Operação Lava Jato ou em qualquer outro ilícito.
O presidente do Senado voltou a dizer  que nunca recebeu vantagens indevidas nem indicou qualquer pessoa para a Petrobras ou para o setor elétrico. Renan disse também que sempre teve uma relação respeitosa e de estado com Sérgio Machado.
A defesa de Romero Jucá afirmou que não teve acesso ao conteúdo da delação de Sérgio Machado e ressaltou que o senador do PMDB sempre negou qualquer irregularidade.
Os advogados de Sérgio Machado disseram que o acordo de delação premiada permite a adesão de familiares, mas que não pode comentar o conteúdo das informações por conta do sigilo do processo.
Fontes: Verdade Gospel e G1

Cartas de Cerveró: delator assume seu maior erro ‘não controlar a ambição’



Em mensagens escritas do próprio punho, ex-diretor da Petrobras ataca adversários e reconhece seus erros: 'O arrependimento é por não ter sabido controlar a minha ambição'
Em mensagens escritas do próprio punho, ex-diretor da Petrobras ataca adversários e reconhece seus erros: ‘O arrependimento é por não ter sabido controlar a minha ambição’
Uma reportagem da edição da revista ‘Veja’ publicada neste final de semana traz a primeira entrevista do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró desde que foi preso pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Cerveró conversou com ‘Veja’ por meio de cartas. Escreveu sete páginas, de próprio punho, nas quais reconhece seus erros, ataca seus adversários, defende sua família e reafirma que foi colocado e mantido na estatal sob as bênçãos do PT.
A dívida: Cerveró relata como ajudou a campanha da reeleição de Lula em 2006
“Eu fui nomeado como retribuição por ter solucionado a dívida do PT com a Schain de 50 milhões de reais, quando era diretor internacional, em 2007, através da contratação da Schain como operadora da sonda Vitoria 10.000″.
Cerveró relata como ajudou a campanha da reeleição de Lula em 2006

Cerveró relata como ajudou a campanha da reeleição de Lula em 2006




















A traição: Ex-diretor relembra que o momento mais difícil na prisão foi quando o seu ex-advogado tentou sabotar a sua delação.
“O momento mais difícil foi perceber que o meu ex-advogado trabalhava contra meus interesses, preocupado em garantir seus recebimentos e envolvimentos políticos, mesmo que isto significasse a minha permanência na prisão por muito tempo.”
O poder: Cerveró reconhece que foi seduzido pelo ambição e pelo status de poder dirigir a maior empresa brasileira
“O arrependimento é por não ter sabido controlar a minha ambição, não só por dinheiro, mas também pela vaidade em permanecer diretor da Petrobras e trabalhado com pagamentos de propinas a políticos a fim de me manter no cargo”.
 O ex-diretor da Petrobras reconhece que foi seduzido pelo ambição e pelo status de poder dirigir a maior empresa brasileira















O ex-diretor da Petrobras reconhece que foi seduzido pelo ambição
 e pelo status de poder dirigir a maior empresa brasileira


O arrependimento: Após um ano e quatro meses preso, o delator diz estar arrependido e pede desculpas à sociedade brasileira
“Quero pedir desculpas à sociedade brasileira e aos meus ex-companheiros da Petrobras pelas perdas e decepção que causei”.
O filho: O ex-diretor da Petrobras defende a sua família e diz que o seu filho foi corajoso ao gravar Delcídio do Amaral
“O meu filho demonstrou muita coragem ao realizar a gravação que esclareceu e mostrou o envolvimento do senador e do meu ex-advogado”.
O ataque: Cerveró questiona o fato de Delcídio ter se empenhado tanto para evitar sua delação.
“Se ele não cometeu nenhum outro crime, além de obstruir a Lava Jato, por que temia tanto a minha delação?”.
A punição: O delator se ressente de não poder comemorar o aniversário de sua neta
“A minha única neta, como você sabe, está fora do país por questão de segurança e não sei quando vou poder voltar a vê-la e estar com ela. Dentro de alguns meses vai completar 10 anos e não estarei no seu aniversário”.
O delator se ressente de não poder comemorar o aniversário de sua neta -- que está escondida fora do Brasil por questão de segurança















O delator se ressente de não poder comemorar
 o aniversário de sua neta – que está escondida fora do
 Brasil por questão de segurança


A prisão: Cerveró relata sua rotina atrás das grades
“Rotina de prisão: acordar, café da manhã, leitura, almoço banho de sol e banho, leitura, jantar, leitura e dormir. Já li mais de 60 livros neste período.”
“O tratamento dos agentes penitenciários sempre foi bom, tratando com respeito e dignidade. O que eu quero destacar é o nível de solidariedade e apoio mútuo que se desenvolve entre os presos, das diversas condições sociais e de níveis de educação”.
O retorno: O ex-diretor diz que não sabe o que pretende fazer quando ganhar a liberdade
“Não sei o que farei após ganhar a liberdade, faltam ainda alguns anos e na minha idade de quase 65 anos é muito difícil estabelecer qualquer planejamento, principalmente pela dificuldade de realizar qualquer trabalho, dada a enorme exposição na mídia nestes últimos 2 anos”.
Fonte: Verdade Gospel.

Fonte: Veja